O blog não morreu.

Bem, não tenho postado no blog ultimamente. Mas não é por falta de vontade ou de tempo (talvez o último, mas se houvesse inspiração, eu conseguiria). É falta de inspiração mesmo. Ou seria inspiração em excesso? Costumo anotar no meu celular assuntos interessantes, fatos que me chamam a atenção e quando tenho tempo olho no celular para escrever, narrar, criticar ou descrever aquilo que marcou. Quem olhasse no meu celular veria inúmeros assuntos, passagens da Bíblia, títulos de textos, características do livro que pretendo escrever. Então por que não escrevo?

O maior problema que tenho enfrentado é conseguir "administrar um pensamento só", poderíamos dizer. Já tentei algumas vezes escrever. Começo sobre algo, penso outra coisa diferente, apago, recomeço, penso em mais um assunto diferente e assim fico sem conseguir expressar nada. Minha mente anda tão ativa, que estou tendo problemas em conseguir entender filmes a que assisto. Uma cena me chama atenção, começo a pensar em tudo aquilo, minha mente divaga e então "O que aconteceu enquanto viajava?". Minha imaginação sempre foi meu forte, mas não a esse nível! E há um motivo para isso...

Todos nós temos o (des)prazer de receber inúmeros e-mails com Power Point e sabedorias de rodoviária. Muitos não se salvam, ou são repetitivos, ou contêm histórias mentirosas, mas alguns são interessantes. Num desses, falava da águia, que passa por uma longa fase de transformação, em que tem que arrancar tudo em si para poder sobreviver mais tempo. Eu posso sobreviver sem ter que "me arrancar" por inteiro, mas fiz escolhas e resolvi mudar. Por quê? Ah, é querer saber demais. Simplesmente fiz.

E as escolhas que fiz implicam em inúmeras mudanças (ninguém sabe como é sem vivenciá-las de verdade). Com o tempo a pessoa passa a perceber como muitas (!) coisas que fazíamos não têm mais sentido e resolve mudar. O problema é que algumas passam por aquela fase de abstinência. A pior parte já passou (aquela em que você se pergunta se está feliz mesmo com aquilo), mas sempre há algumas reviravoltas e acabam por complicar mais ainda a cabeça da pessoa. Pra quem me conhece, só vem uma escolha na cabeça, mas não é sobre ela a que me refiro. Essa já passou a pior parte mesmo (bem sabe quem me conhece), agora está tudo mais tranquilo mesmo.


Bom, era somente pra não deixar o blog entregue às baratas.


Deus abençoe vocês, fiéis leitores.

Um comentário:

André Palhano disse...

Gostei! É bom ler um texto em que o alter-ego é si próprio. Uma conversa bem franca e espontânea com o interlocutor... Quase dá pra se estabelecer um diálogo. Quase pensei que estava conversando com você!

Fico feliz em saber que o "pior" já passou... Daqui pra frente é só alegria!

Você poderia escrever um livro sem tema definido. Apenas pensamentos soltos. =)

Abraços!