Texto do Orkut de uma amiga feito por mim

Dor e amor

A uma amiga não tão sentimental

Disseram-nos um dia que a beleza da vida está em amar. Amor? Procurei tanto por isso. Andei por ruas, vilas, ruelas. Vivi tantas situações que somente eu e Deus sabemos. Fiz amizades, na tola esperança de que eles fossem esse tipo de amor a que tantos se referem. Mas não são. E sempre me perguntei, por quê? Nós não brigamos com nossos amigos a ponto de excluí-los completamente de nossas vidas. Se isso ocorrer, não poderíamos chamá-los por tal sagrado nome. Eles sempre nos amam, sempre nos confortam, nos abraçam... Ainda assim sentia a falta do amor a que tantos se referem. Por isso, continuei procurando. Vivenciei paixões, desejos, carinhos, mas nada disso se enquadra no tão sublime sentimento.

Desisti, então, de procurar. As poucas paixões que havia experimentado trouxeram-me tamanho sofrimento que já não havia mais razão nessa busca. Passei a me perguntar: “Existe mesmo amor?” Ou isso é apenas falácia de filmecos americanos querendo nos vender suas imagens, suas músicas ao mesmo tempo que nos ilude completamente? É. Amor não existe mesmo. Resolvi não mais acreditar nele. E, pior do que não procurar, é não acreditar. Se perdi a esperança, o que sobraria para mim?

Solidão.

Mas ele me encontrou.

Como? Por quê? De onde surgiu? Tais perguntas não sei responder. Tão diferente era o meu amor de mim, que jamais pensei ser capaz de sentir algo dessa magnitude por ele. Por isso, respostas não tenho nenhuma. Tenho apenas uma afirmação e uma conclusão.

A afirmação: não sei de nada. Apenas amo.

A conclusão: não sei de nada, porque se soubesse, revelaria todos os segredos, de como, por que e de onde surgiu meu amor. Revelando-os, ninguém mais sofreria por ele. E somente vivenciará o maior amor quem já vivenciou a maior dor.




Thiago Luiz