Quase um Iñárritu...

Como estou fazendo deste blog um espaço novo, falo sobre as coisas que penso também. De forma mais explícita, sem metáforas, ou histórias mirabolantes inventadas por essa cabecinha fértil. Venho hoje falar de um assunto irrelevante, mas que me fez pensar em muita coisa (para variar...). Primeiro, vamos ao acontecido:

Fui ao cinema sexta-feira, assistir a um filme de qualidade, como há tempos não fazia (não sei por culpa de quem, Guilherme). Não foi de tanta qualidade assim porque entramos (sem querer) na sessão dublada de 007 (que diga-se de passagem é um EXCELENTE filme, não tanto quanto Cassino Royale, mas é ótimo). Porém, antes de escolhermos 007, ficamos em dúvida sobre qual filme assistir. Um deles me chamou a atenção: REC. Pensei em assisti-lo, mas meu amigo supôs que fosse uma imitação barata de Jogos Mortais. Então desistimos. Eu, contudo, fiquei curioso e fui atrás de ler sua resenha no site Omelete (que, diga-se de passagem, é o melhor, para mim, em questão de análise de filmes).

Enfim, eis A resenha do filme REC!


O trecho que me chamou a atenção:

"O detalhe é que os atores foram contratados sem saber o que aconteceria com seus personagens, e os diretores Jaume Balagueró e Paco Plaza ainda utilizavam elementos surpresa para pegá-los desprevinidos, capturando assim suas verdadeira reações."

Ou seja, os atores não estavam atuando. Eles eram meras pessoas, como eu e você. Eu cheguei na seguinte questão: Por que fizeram isso?

A resposta: para melhorar a qualidade das atuações. Em "Tropa de Elite", por exemplo, não havia falas prontas. Os atores tinham a história e o que iria acontecer, mas tudo que foi falado é improviso. Concordo com essa técnica, principalmente se você tem atores limitados (não é o caso desse, vide Wagner Moura). É uma forma de extender um pouco mais o limite desses atores. Mas não explicar para o ator o que vai acontecer é, na linguagem de super nintendo, "apelação". É praticamente uma pegadinha. Porque, nas pegadinhas mais recentes, dizem às pessoas que algo vai acontecer, mas não o quê. Como em REC. Assim fica "fácil" atuar.

O que me levou a outra questão: por que se fez isso?

E a resposta me levou a uma questão bem mais global: porque hoje em dia, o bom não é mais suficiente. Tem que ser o melhor, no limite, acima do limite. Em tudo. Até em meros entretenimentos.

E cheguei a uma pergunta bem mais capciosa: aonde vamos parar?


=)



Thiago Luiz



P.S.: Procurei pela música de Forrest Gump e a encontrei. Simplesmente linda. Faz-me querer ter a inocência e a pureza de olhar de Forrest. E Tom Hanks só tem um, inacreditável. Ah, para quem tiver interesse, a música se chama Forrest Gump Suite, de Alan Silverstri.

3 comentários:

Guilherme Melo disse...

nao entendi o porque do meu nome citado nesse texto...

huashuashuas

interessante seu ponto de vista. Tava até afim de ver esse filme, parece ser meio "bruxa de blair" hehe

vlww!

Suzane Borba disse...

isso é que é gostar de filme ruim... ô mal gosto, hein? kkkkkk

eu hein, nem chego perto desse tipo de filme! =P

aah, mas adorei o novo layout do seu blog, ficou ótimo, principalmente o título :D
beeijo!

André Palhano disse...

eu quero assistir a esse REC! =)