MEDO
No início houve medo,
No medo, incerteza desilusão e quietude
E fez-se medo o que já não era, vestindo-se
de angústia e de revolta.
A revolta se transformou em pranto,
e o pranto se fez em dor,
levando para o esquecimento,
o que antes sempre era lembrado.
No caos esperança, na esperança, medo.
Sem som fez-se a voz, e,
No silêncio, viu-se o infinito
E nele, a esperança de que o inverno
se transformasse, em outono, em primavera, em verão!
Enquanto a primavera não chegava, fez-se outono
E nele, o frio. No frio, saudade,
Na saudade, medo, e no medo novamente, a certeza
De que os dias não eram mais como antes.
em volta dele a primavera, nela o amor.
Márcio Araújo
Simplesmente fabulosa essa poesia!
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