Mason, Waters, Wright, Gilmour
Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.
Tired of lying in the sunshine staying home to watch
the rain.
You are young and life is long and there is time to
kill today.
And then one day you find ten years have got behind
you.
No one told you when to run, you missed the starting
gun.
And you run and you run to catch up with the sun but
it's sinking
And racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're
older,
Shorter of breath and one day closer to death.
Every year is getting shorter never seem to find the
time.
Plans that either come to naught or half a page of
scribbled lines
Hanging on in quiet desparation is the English way
The time has gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.
Uma das melhores músicas que já ouvi. O tema é do dia-a-dia, que todos notamos, mas que talvez ninguém quisera escrever sobre até o dia em que "Time" fora escrito.
O tempo é algo cruel. Se olharmos sob outro ponto de vista, é o melhor remédio, como muitos dizem.
Joãozinho amava Mariazinha. Mariazinha amava Joãozinho. Um dia, a amiga dele contou pra amiga dela e vice-versa. Assim, depois de tudo que acontece antes de realmente acontecer o que todos esperam, eles começaram a namorar. João tinha 17, Maria 16. Ficaram 5 anos juntos. Mas sabe, né? Vira rotina. E, na idade que temos, ninguém quer rotina, ainda. Por isso, mesmo ainda se amando, acabaram. Claro que não foram 5 anos em vão. Porém, depois de tudo, acabar daquele jeito. Maria passou dias chorando. João era "machão", não chorava. Mas inventava desculpas para não sair, para não "ficar" com outras mulheres. E assim passaram alguns dias, semanas, meses. Como não se viam, as coisas ficaram mais fáceis. Se é possível dizer. Depois de alguns meses, Maria já conseguia ouvir o nome do ex-namorado sem reação nítida. E quando comentavam sobre isso, dizia "O tempo é o melhor remédio". Ah! É maravilhoso! E enquanto ela tomava esse remédio, morria com seu efeito colateral. A cada dia que sofria, o tempo comia
um dia seu, uma semana, um mês. Mas que maravilha de remédio!
Depois disso, cada um seguiu seu rumo e arranjaram esposa e marido. Não deu certo. Um dia, enquanto viajava a trabalho, João, já com 57 anos sentou-se ao lado de uma senhora com aparência distinta. Como toda história, preciso dizer que era Maria? Ambos separados, contaram o que viveram. Nenhum dos dois tiveram filhos. Enquanto a conversa se desenrolava, o antigo sentimento adolescente novamente floresceu. Conseguiram novamente ficar juntos. Por sorte, moravam ainda no mesmo estado. Voltaram a namorar. Depois de poucos dias de namoro decidiram se casar.
E se casariam, não fosse o desmaio de João na hora do casamento. Levado ao médico, descobriu-se um câncer em estágio avançado, sem cura possível. Nada foi possível fazer, sobreviveu apenas mais duas semanas. E sabe o que Maria pensava entre lágrimas?
"Não há nada mais cruel que o tempo!"
Aquele "melhor remédio do mundo" matara 35 anos ao lado de quem ela realmente amava. O tempo é cruel? É. O tempo é o melhor remédio do mundo? Com certeza. Finalmente, o tempo é bom ou ruim? Os dois. Se quiser usá-lo como remédio, faça-o, porém depois não se lamente com esse mesmo tempo, que te ajudou a esquecer o namorado, aquela pessoa que não te conhecia,
aquela que tu gostavas mas não era o suficiente para darem certo, que tua vida passou rápido demais. Ela passará rápido demais sempre e te ajudará a superar coisas aparentemente insuperáveis. Apenas aceite o tempo. E cuidado com as decisões que tu tomas hoje. Elas têm grandes consequências.
Lembra-te disso sempre.
=)
Thiago Luiz